Casos clínicos

Fusão Intersomática Lombar Transforaminal, por Técnica Minimamente Invasiva, no Tratamento De Espondilolistese Degenerativa Lombar.

A fusão intersomática lombar é uma técnica comprovadamente eficaz no tratamento da espondilolistese degenerativa. Durante a última década têm sido desenvolvidas técnicas minimamente invasivas que permitem a realização da fusão intersomática, reduzindo a lesão muscular induzida pelo acesso. Estas técnicas permitem diminuir as perdas hemáticas intra-operatórias, o tempo de internamento e o consumo de analgésicos, bem como acelerar a recuperação e o retorno à vida activa. Apresenta-se um caso clínico de uma espondilolistese degenerativa L4-L5 tratada cirurgicamente por uma abordagem minimamente invasiva, com descompressão canalar e fusão intersomática transforaminal, utilizando espaçador, enxerto ósseo autólogo e fusão transpedicular percutânea.

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Tratamento Cirúrgico da Espondilolistese Traumática do Áxis

A espondilolistese traumática do áxis é uma lesão pouco frequente da coluna cervical, que está associada a acidentes de viação e quedas. Habitualmente benigna e muito raramente acompanhada de compromisso neurológico, pode condicionar quadros de dor crónica cervical quando incorrectamente diagnosticada ou tratada. Os autores apresentam o caso clínico de uma espondilolistese traumática do áxis com sinais de instabilidade grave, queixas álgicas intensas e deslizamento de C2 sobre C3, de cerca de 5 mm. Em função das características de instabilidade, esta situação foi tratada com discectomia C2-C3 e artrodese com enxerto de osso ilíaco e placa entre C2 e C3. A preferência pela abordagem anterior na estabilização deste tipo de fracturas, deve-se ao facto de se tratar de uma via simples e segura, reunindo as condições necessárias para uma maior eficácia a longo prazo para a obtenção de uma fusão óssea, quando comparada com a abordagem posterior.

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Cirurgia de revisão na Estenose do Canal Lombar

Em doentes submetidos a laminectomia descompressiva por canal lombar estenótico, pode ocorrer recorrência de sintomas, cuja incidência aumenta com a duração do período de seguimento pósoperatório. A re-operação é um tratamento com riscos acrescidos e o seu sucesso depende muito de uma boa avaliação do estado geral do doente, considerando a sua idade e as suas comorbilidades. É também fundamental um bom planeamento cirúrgico, tendo em consideração os níveis de compromisso neurológico, a existência de instabilidade, a avaliação do balanço sagital e coronal e a qualidade do osso. Os autores apresentam o caso clínico de uma doente submetida, nove anos antes, a laminectomia lombar entre L3 e L5 por estenose canalar, que apresentava recorrência dos sintomas. Os problemas diagnosticados neste caso foram estenose canalar no nível L2-L3, estenose foraminal e instabilidade por espondilolistese degenerativa/iatrogénica no nível L3-L4 e
osteoporose. A solução cirúrgica adoptada consistiu na descompressão canalar e foraminal ampla, seguida de artrodese transpedicular posterior entre D11 e L4, utilizando parafusos reforçados com polimetilmetacrilato e artrodese intersomática em L3-L4, de forma a reduzir a espondilolistese e a garantir a fusão intervertebral.

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Abordagem cirúrgica por via anterior da coluna dorsal alta

No decorrer das últimas décadas a filosofia subjacente à cirurgia oncológica dos tumores da coluna vertebral evoluiu para uma atitude agressiva no tratamento da instabilidade, da dor axial ou da compressão medular, que frequentemente surgem neste contexto. Nas situações em que estes tumores envolvem sobretudo o corpo vertebral, as abordagens por via anterior têm conquistado popularidade, embora sejam mais exigentes do ponto de vista técnico. A região da coluna dorsal alta é a que se apresenta de maior complexidade no acesso por via anterior, pelas suas relações anatómicas com estruturas vitais. Os autores descrevem um caso clínico de acesso cervico-torácico anterior com manubriotomia no tratamento cirúrgico de uma fractura patológica de D2 e discutem as suas especificidades técnicas e complicações mais frequentes.

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Foraminectomia cervical posterior a dois níveis com técnica minimamente invasiva

A radiculopatia cervical é uma situação clínica que frequentemente persiste apesar do tratamento conservador e que muitas vezes necessita de tratamento cirúrgico, através de foraminectomia cervical posterior. O desenvolvimento de abordagens minimamente invasivas permitiu um progresso considerável e um novo aumento da popularidade desta técnica. Apresenta-se o caso de uma doente do sexo feminino de 57 anos de idade, com quadro de radiculopatia cervical C6 e C7 direitas, por estenose foraminal degenerativa C5-C6 e C6-C7, submetida a foraminectomia cervical por via posterior com utilização de afastadores tubulares e microscópio óptico. A foraminectomia cervical posterior com técnica minimamente invasiva é segura e eficaz na resolução do quadro neurológico e permite uma recuperação rápida no pós-operatório.A médio e longo prazo não existe risco de instabilidade vertebral e, dado que se mantém a mobilidade vertebral, não há risco de agravar processos degenerativos dos níveis adjacentes.

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Tratamento da estenose do canal lombar em doentes aondroplásicos

Os doentes acondroplásicos apresentam, frequentemente, quadros clínicos de sofrimento mielorradicular em consequência da estenose do canal raquidiano. As situações de estenose do canal lombar tornam-se relevantes a partir da terceira década de vida, mais precocemente do que na população não acondroplásica. Para o seu tratamento realizam-se, habitualmente, laminectomias descompressivas. Este tratamento, em idades mais jovens, coloca o problema da necessidade de uma re-intervenção, por re-estenose do canal ou instabilidade nas zonas operadas, a médio ou longo prazo. Os dois casos clínicos apresentados debatem aspectos relacionados com a recorrência de sintomas, o seu tratamento e opções técnicas que a podem evitar. No primeiro caso, descreve-se uma situação de instabilidade e re-estenose canalar e foraminal na zona submetida a laminectomia descompressiva cerca de vinte anos antes, que foi tratada com descompressão e fusão intervertebral. No segundo caso, descreve-se uma solução técnica menos invasiva, a laminectomia descompressiva bilateral por abordagem unilateral, que se escolheu com o objectivo de reduzir a probabilidade de recorrência dos sintomas, a médio e longo prazo.

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Tratamento de  pseudartrose de fractura da coluna cervical e correcção de deformação cifótica cérvico-torácica na espondilite anquilosante

Os autores apresentam o caso clínico de um doente com espondilite anquilosante grave e deformidade cifótica de toda a coluna vertebral. Uma queda com traumatismo cervical provocou uma fractura transversal de C4. Esta fractura foi tratada inicialmente com uma fixação posterior, entre C3 e C6, que viria a revelar-se insufi ciente para permitir a sua consolidação. Foi então realizada uma osteotomia em extensão de C7, correcção da deformidade cifótica e estabilização posterior desde a região occipital até à região médio-dorsal. Após a intervenção, o doente apresentou melhoria da postura da cabeça, com possibilidade de manter o olhar horizontal, e alívio da disfagia. Um ano após a intervenção, o doente mantém o seu estado, sem queixas álgicas, e os exames radiológicos de controlo mostraram consolidação das fracturas e ausência de sinais de falência do material de instrumentação. A correcção da deformidade cifótica da transição cérvico-dorsal em doentes com espondilite anquilosante é uma cirurgia de grande complexidade técnica e com riscos elevados. Nesta perspectiva estará apenas indicada em situações de difi culdade grave na deglutição e alteração da qualidade de vida pela incapacidade de manter o olhar horizontal. Quando bem sucedida permite melhorar de forma signifi cativa os índices psicológicos e funcionais dos doentes com espondilite anquilosante.

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Tumores da cauda equina, uma causa para de dor radicular. Apresentação de dois casos clínicos

Os tumores da cauda equina são lesões raras, de localização intradural/extramedular na coluna lombosagrada, que devido à sua natureza predominantemente benigna, têm uma evolução clínica lenta. Manifestam-se
inicialmente por dor lombar ou radicular isolada, levando a um diagnóstico tardio num número signifi cativo de doentes. Os autores apresentam dois casos clínicos de doentes com dor radicular, sem défice neurológico, com diagnósticos de schwannoma e de meningioma lombar, submetidos a tratamento cirúrgico com remoção completa das lesões tumorais e excelente evolução pós-operatória. São revistos alguns pormenores clínicos que podem estar associados a estes tumores, bem como a importância do diagnóstico precoce e a sua implicação nos resultados do tratamento cirúrgico.

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Toracotomia Mini-invasiva para o tratamento de hérnia discal dorsal gigante por via antero-lateral

Apesar da evolução dos meios de diagnóstico e das técnicas cirúrgicas, o tratamento das hérnias discais dorsais mantém-se controverso. Os principais problemas clínicos estão relacionados com o diagnóstico, com a correlação entre os sintomas e os aspetos imagiológicos e com o tratamento cirúrgico que, habitualmente, é invasivo e está associado a riscos elevados de lesão neurológica. No caso das hérnias discais dorsais gigantes, o tratamento cirúrgico mais seguro consiste na sua excisão por via antero-lateral, através de toracotomia, de forma a reduzir a manipulação da medula e os riscos de lesão neurológica. Os autoresapresentam o caso clínico de uma doente com uma volumosa hérnia discal D8-D9, parcialmente calcificada, tratada cirurgicamente por via anterolateral, com abordagem torácica mini-invasiva e técnica microcirúrgica. A opção da abordagem mini-invasiva teve como objetivo reduzir as sequelas cirúrgicas inerentes à toracotomia, reduzir as complicações e acelerar a recuperação e o regresso à vida ativa.

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teste Toracotomia Mini-invasiva para o tratamento de hérnia discal dorsal gigante por via antero-lateral

Apesar da evolução dos meios de diagnóstico e das técnicas cirúrgicas, o tratamento das hérnias discais dorsais mantém-se controverso. Os principais problemas clínicos estão relacionados com o diagnóstico, com a correlação entre os sintomas e os aspetos imagiológicos e com o tratamento cirúrgico que, habitualmente, é invasivo e está associado a riscos elevados de lesão neurológica. No caso das hérnias discais dorsais gigantes, o tratamento cirúrgico mais seguro consiste na sua excisão por via antero-lateral, através de toracotomia, de forma a reduzir a manipulação da medula e os riscos de lesão neurológica. Os autoresapresentam o caso clínico de uma doente com uma volumosa hérnia discal D8-D9, parcialmente calcificada, tratada cirurgicamente por via anterolateral, com abordagem torácica mini-invasiva e técnica microcirúrgica. A opção da abordagem mini-invasiva teve como objetivo reduzir as sequelas cirúrgicas inerentes à toracotomia, reduzir as complicações e acelerar a recuperação e o regresso à vida ativa.

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